O câncer de mama é o mais comum em mulheres. Por isso, deve-se ter um cuidado redobrado quando o assunto é prevenção e diagnóstico precoce. Se descoberta em estágio inicial, a doença possui probabilidade de 90% de chances de cura e, há mais de 100 anos, a prevenção da doença é lembrada no mês de outubro em todo o mundo.
Desta forma, no dia 8 de outubro, a Fundação Tiradentes organizou um evento de alerta a todas policiais militares do Estado de Goiás, com a presença do quadro de saúde da Polícia Militar do Estado de Goiás, que inclui o Ten. Cel. Waldemar Naves do Amaral, as mulheres tiveram uma manhã repleta de palestras sobre as doenças que acometem o sexto feminino, juntamente com café da manhã e sorteio de brindes.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Goiás, Antônio Eduardo Rezende de Carvalho, um dos palestrantes do evento, o mastologista se preocupa, além da realidade oncológica, com a estética da mulher. “A Oncoplastia evoluiu, e muito, nos últimos anos. Um procedimento bem feito devolve a autoestima da paciente”, analisa.
O médico explica que existem, majoritariamente, quatro procedimentos na Oncoplastia. Podem ser utilizadas próteses de silicone, retalhos musculares da própria paciente, expansores e o lipofilling. Existem, inclusive, as tatuagens de aréola, para ficar melhor o resultado estético final da paciente. Cada mulher possui uma indicação para qual tipo de procedimento ser utilizado ou não. “É preciso avaliar o volume de mama, amplitude cirúrgica”, analisa Dr. Antônio Eduardo.
Segundo ele, é importante a boa formação do profissional para que ele possa definir qual a melhor conduta de acordo com as particularidades de cada paciente. “Os resultados estéticos estão cada vez melhores. A reconstrução mamária imediata não oferece riscos adicionais para a maioria das pacientes com câncer de mama e pode ser oferecida com segurança”, salienta.
Câncer de mama no Brasil
No Brasil, estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indicam que o câncer de mama será responsável por cerca de 57 mil novos casos até o fim do 2015. “A incidência vem aumentando nos últimos anos e, entre as razões, está o fato das mulheres engravidarem mais tarde e amamentarem menos. Além disso, tendem a ter maior índice de obesidade, ingerem mais bebida alcoólica e consomem mais alimentos industrializados”, aponta o mastologista.
Ele frisa que é preciso se atentar também para aspectos hormonais, genéticos e idade, já que alguns fatores são determinantes para o surgimento da doença. “Correm mais risco de desenvolver câncer de mama, mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 10 anos, aquelas que entraram na menopausa após os 55 anos e quem teve a primeira gravidez após os 35 anos. Vale lembrar que histórico familiar positivo para câncer de mama, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos, pode indicar predisposição genética”, detalha.