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16/01/2017

MEDICINA DO FUTURO

(ser humano imortal)

Por Waldemar Naves do Amaral

Prof. do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFG

Tenente Coronel Médico da Polícia Militar do Estado de Goiás

A Medicina do Futuro está embasada em duas condições bem claras: 1º mudança do olhar populacional (epidemiológico) para o olhar do indivíduo; 2º unir em rede (network) o conhecimento humano avançado e cristalino com a alta tecnologia de ponta e a computação (data).

A mudança do olhar surge do fato que nos dias atuais as políticas de saúde são aplicadas no entendimento do coletivo, onde a epidemiologia promove o estudo das doenças não focando no indivíduo, mas no povo em geral. As doenças são priorizadas conforme a frequência na população em estudo.

Neste conceito, a baixa frequência tem menor importância e não entra nas prioridades, e os diagnósticos e tratamentos trabalham no sentido de melhor resultado com o menor custo.

Para o futuro, o olhar é para o indivíduo que se torna o centro das atenções. Mesmo que com baixa prevalência tenha menor importância para o modelo anterior, aqui a pessoa humana torna-se 100%. Neste formato, toda a tecnologia de ponta tem que ser aplicada, e portanto o alto custo não tem valor e não é fator limitante, especialmente se os procedimentos médicos forem estabelecidos em escala.

É sabido que 1/3 das doenças humanas tem origem genética, ou de natureza gênica ou cromossomal, que podem ser rastreadas por marcadores genéticos. Para a medicina do futuro, todos teremos cariótipos, genomas (DNA) e marcadores devidamente examinados e calculados. 2/3 restantes devem-se as infecções, alimentação inadequada, alteração do comportamento humano e ao câncer.

Para as infecções, já estão bem conhecidos e cadastrados os agentes que nos circundam, através de mapeamento microbiota. Como por exemplo, a boca dos animais racionais e irracionais apresenta a maior concentração de microrganismos, chegando a 50 bilhões no ser humano.

A alimentação balanceada, fugindo da gordura, do sal, e das massas (carboidratos), promove maior longevidade humana. Hoje, a diferença entre aquele que fez boa alimentação (sobrevida de 100 anos de vida) para aquele que não faz (sobrevida de 60 anos de vida) é de 40 anos.

As alterações de comportamento com o uso de drogas lícitas e ilícitas, acidente de trânsito, agressões passionais e não passionais permeiam redução importante na qualidade e quantidade de vida das pessoas.

Corrobora-se aqui a necessidade da boa criação familiar, moralidade e ética, que devem ser praticadas na formação das crianças e adolescentes, como forma de se ter adultos melhores no comportamento.

Como o câncer é entidade que avança poderosamente com o avanço da idade das pessoas, é preciso fazer prevenção irrestrita, diagnóstico precoce e tratamento o mais alargado através de cirurgias/ quimioterapias/ radioterapias/ hormonioterapias/ imunoterapias e etc.

Na Medicina do Futuro, que já pode ser praticada hoje quase que na sua totalidade, o indivíduo é o centro das atenções, o que o tornará com tão grande sobrevida que chegará à imortalidade.

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